INTERSEÇÃO 5
Thereza Rocha, Celso Braida e Mariana Romagnani
Curso teórico:
Dança, Pensamento e Outras Dramaturgias: O Todo É Menor do que a Soma de suas Partes
Ministrante: Thereza Rocha
18, 19 e 20 de setembro de 2015
Local: Auditório do Centro de Desportos, Bloco 5, UFSC.
Sobre o curso:
No curso teórico “Dança, Pensamento e Outras Dramaturgias: O Todo É Menor do que a Soma de suas Partes”, Thereza Rocha propôs reflexões sobre as obras de dança a partir do interesse pelos fazeres dramatúrgicos vigentes nos regimes de composição. A pesquisadora demonstra que a noção de obra entra em xeque e com ela as noções artísticas que lhe dão suporte. Neste contexto, segundo ela, a dramaturgia pode ser entendida como dramaturgismo, “um fazer de interstício; um tecido de mediação; uma escrita de processo de criação”. Distante da dicotomia teoria X prática e de qualquer causalidade, fazer é conhecer, conhecer é fazer”.
Metálogo
Com Thereza Rocha, Celso Braida e Mariana Romagnani
17 de setembro, 19h
Local: Auditório do Centro de Desportos, Bloco 5, UFSC
Thereza Rocha propõe o trânsito entre corpo e escrita. Desenvolve o conceito de “escrita de
processo”, uma escrita que tenta lidar com o acompanhamento de processos de criação, uma escrita borrada e contaminada pelo processo. Pensa uma transversão entre teoria e prática da dança. Está interessada em conceitos que emergem dos fazeres, de dizer daquilo que estamos fazendo. Afirma que nos modos de composição da dança contemporânea, encontramos uma composição de planos de sentidos de conceitos dançáveis, porque trata-se de uma dança que tem um caráter filosofante muito forte. Mariana Romagnani discorre sobre o interesse da dança mobilizar para uma abertura para ir além daquilo que você já faz, ampliar o olhar para a relação entre corpo e ambiente, desestabilizar o corpo. Sugere pensar uma dança que não seja só sua – só de quem faz a
dança, mas como aquilo que está sendo feito no outro também. Seu interesse maior é o de
encontrar ferramentas técnicas em que a dança possa acontecer no outro, junto com o outro. O que pode ser a dança? Perguntar sempre. E que o público se mobilize a partir desse lugar de desestabilização.
Celso Braida compartilha seu interesse na compreensão da arte contemporânea, artes de atuação que se constituem enquanto ato, que se realizam ao realizar-se. Pontua três aspectos em relação a dança e a atuação: composição, atos artísticos e a consideração de que o fazer algo é a própria obra de arte. A arte torna possível. O “Violência” (espetáculo do Grupo Cena 11) tornou possível dançar daquele jeito. O verbo fazer é primitivo, não explicado por outros verbos. Um ato artístico efetivo abre possibilidades que antes não havia.
Fotos:
- Fotos Curso teórico e Metálogo com Thereza Rocha